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segunda-feira, 30 de junho de 2025
O papel do Brasil na nova corrida nuclear
País é conhecido pela defesa da diplomacia, mas possui seu próprio programa nuclear e domina a tecnologia de enriquecimento de urânio.
Estamos observando um processo de rearmamento global. Com o aumento das tensões globais, em especial a guerra entre Rússia e Ucrânia e os conflitos no Oriente Médio, diversos países passaram a investir de forma pesada na criação de novos arsenais.
E é claro que as armas nucleares não ficariam de fora desta corrida armamentista. Um cenário que pode trazer impactos para a segurança global no futuro próximo, e que obriga até mesmo países como o Brasil a fazerem um importante escolha.
País conta com programa nuclear próprio
- O nosso país é conhecido por sua importante posição na diplomacia mundial.
- No entanto, engana-se quem acredita que o Brasil não é capaz de desenvolver armas nucleares.
- Na verdade, temos o nosso próprio programa nuclear e dominamos a tecnologia de enriquecimento de urânio.
- Além disso, estamos investindo na construção de um submarino de propulsão nuclear.
- Mas isso não quer dizer que o governo brasileiro esteja interessado na produção de bombas atômicas.
- Para o professor Armando Alvares Garcia Júnior, da Universidad Internacional de La Rioja, na Espanha, este entendimento pode acabar mudando no futuro.
Brasil precisará tomar uma decisão
Segundo o professor, ao optar por manter seu compromisso com o desarmamento, o Brasil preserva sua credibilidade internacional e pode até buscar liderar iniciativas que revitalizem o TNP, promovam a transparência e estimulem a criação de novas zonas livres de armas nucleares. Caso escolha o caminho do silêncio ou da ambiguidade, por outro lado, corre o risco de perder protagonismo mundial.
Em artigo publicado no portal The Conversation, o especialista explica que, desde a redemocratização, o Brasil tem se posicionado como defensor do desarmamento e do uso pacífico da energia atômica. A Constituição de 1988, por exemplo, proíbe expressamente o uso da energia nuclear para fins militares. Além disso, o país é signatário tanto do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP) quanto do Tratado de Tlatelolco, que estabelece a América Latina e o Caribe como zona livre de armas nucleares. Mas alguns posicionamentos brasileiros são motivo de discussão.
Fonte: OLHAR DIGITAL
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