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quinta-feira, 17 de abril de 2025

Google resolve mostrar serviço

O Google retirou do ar 201,2 milhões de anúncios fraudulentos voltados para o Brasil no ano passado.

Além disso, foram 1,3 milhões de contas suspensas, com banimento definitivo por CNPJ.

Para casos como este, o anunciante só poderá voltar às plataformas do Google sob uma nova razão social e após passar por um novo processo de verificação.

É a primeira vez que a gigante de tecnologia abre o número total de ações do tipo no país.

Os dados foram divulgados pelo Meio e Mensagem, o maior site especializado em publicidade do Brasil.

De acordo com o Google, "muitos" desses anúncios caíram antes mesmo de entrar no ar, por não passar no processo de veiculação.

Quantos anúncios foram barrados antes de entrar no ar, o Google não informa.

Se os 201,2 milhões de anúncios ou o 1,3 milhão de bloqueios são mais ou menos do que em anos anteriores, também não.

As cifras parecem grandes, mas a maneira como os dados foram divulgados, torna, portanto, impossível saber algo prático sobre o que elas significam, o que é mais ou menos o modus operandi desse tipo de divulgação.

Como muitas outras vezes, a decisão de divulgar os dados é a informação relevante, mais do que as cifras em si.

As principais violações são o uso indevido de marcas registradas e a fraude voltada para o usuário final, com links pagos apontando para fraudes digitais.

Aparecem também anúncios de jogos de azar e apostas que não tenham a licença de operação do Ministério da Fazenda e certificação apropriada pelo Google.

O Google está sob pressão em todos esses campos e decidiu mostrar que está fazendo algo por meio de uma ação de relações públicas.

No ano passado, o Superior Tribunal de Justiça condenou o Google por divulgar um link patrocinado no qual uma empresa usava o nome de uma concorrente como palavra chave para mostrar seus próprios anúncios.

No entendimento do STJ, a limitação de responsabilidade do provedor de pesquisa, contida no artigo 19 do Marco Civil da Internet, não se aplica à comercialização de links patrocinados.

Se o entendimento do STJ se estabelecer em instâncias superiores, formando o que os juristas chamam de jurisprudência, a tendência é que mais e mais empresas prejudicadas por concorrentes no Google Ads decidam processar o Google também.

No panorama jurídico atual, isso pode ser inclusive feito de forma semi automatizada por alguma legaltech, com direito a pagamento adiantado para quem entrar com uma ação, como já acontece com passageiros prejudicados por empresas aéreas.

No que tange a divulgação de golpes digitais, o Google está um pouco menos exposto do que canais como o Instagram, o veículo preferido de marketing digital dos criminosos, mas, ainda assim, também tem o melhorar.

Um exemplo típico é uma fraude revelada pela Kaspersky em 2023, pela qual criminosos compravam anúncios no Google para sites falsos de emissão de segunda via de boletos Sabesp, CPFL, Copasa e Light.

Na época, o Google preferiu não comentar o assunto.

Fonte: BAGUETE

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